POSTAGENS!

2011 - Ano de construção do caminho de Belém até Jerusalém - Carmem L. Teixeira

No caminho de revitalização da ação pastoral junto à juventude, provocado pela Pastoral Juvenil Latino Americana, iniciado com alguns movimentos pedagógicos em 2008, que convoca toda a Igreja do Continente a sair em Missão, conforme decisão da V Conferência dos Bispos em Aparecida - Brasil, a Pastoral Juvenil assumiu para si esta indicação porque percebeu que o convite para ser seguidora e discípula de Jesus é o caminho para sua revitalização.

Uma pastoral seguidora e discípula de Jesus é aquela que não fica parada dentro dos templos. Por isto o primeiro movimento sugerido foi o de aproximar. Aquele que diz para os/as jovens: “Nós queremos estar com vocês”. Um movimento que guarda a gratuidade de Jesus de estar com o seu povo. Ele é espelhado pela atitude de Jesus, que no caminho até Emaús se aproxima dos discípulos.

O segundo movimento pedagógico é o da ESCUTA, sobre o que falam em seus caminhos, ou seja, em seus lugares vitais. Ele é também o movimento que Jesus fez com os discípulos de Emaús: se colocou a ouvir o que eles conversavam.
Em 2010, como Pastoral Juvenil no continente, foi tempo de viver o movimento do DISCERNIR. Ele provocou a todos/as uma aventura em conhecer mais e melhor sobre a cultura juvenil, aprofundar leituras bíblicas, realizar vigílias e orações e, no segundo momento, do discernir; tomar a decisão. Assim como os discípulos de Emaús, quando fazem a experiência com o Ressuscitado, decidem voltar para Jerusalém, lugar da comunidade, do grupo e da vida marcada pela presença do Espírito Santo de Deus. Depois de caminhar com Jesus, agora são os/as discípulos/as que decidem fazer uma conversão, mudar de rumo, comover em outra direção.
No tempo de Jesus, a pedagogia mais utilizada era do discipulado. Aqueles/as que desejam aprender passavam a seguir o Mestre. Jesus diz para aqueles/as que desejam seguí-lo “Não tenho uma pedra para recostar minha cabeça”. Ele se apresenta como pobre e livre. Também nós, somos convocados/as a neste ano de 2011, a seguir Jesus e aprender Dele a ser discípulo/a.
Em 2011,como Igreja Jovem na América Latina, o convite é estar com Ele em Belém. Um lugar teológico, pois segundo alguns estudiosos, este lugar foi construído posteriormente, logo possivelmente não é o lugar de nascimento de Jesus. Porém, para nós, da comunidade dos que creem no ressuscitado, lendo a Palavra revelada, queremos nos encontrar em Belém.
Belém está na periferia da geografia do tempo de Jesus. É lá que somos apresentados/as ao Menino pela estrela que também guia pastores simples, atentos aos sinais dos tempos e confiantes no Deus de Jesus. É no caminho de Belém que os Reis Magos vão buscar informações oficiais para chegar até a gruta onde se encontra Jesus, mas é em Belém, depois do encontro com o menino na manjedoura, que vão perceber que terão que passar por outro caminho se quiserem manter vivo o Salvador entre nós.
Ali em Belém, na escola do discipulado, vamos encontrar várias pistas que Jesus vai nos dando para que a missão se realize hoje, de modo especial junto à juventude.
A Pastoral da Juventude, chamada à conversão para retornar por outro caminho, necessita rever suas pedagogias do trabalho com a juventude. Sua missão é anunciar o Reino de Deus aos/às jovens de tal modo que eles/elas reconheçam a Boa Notícia de Jesus para as suas vidas. Isto implica em mudanças profundas nas suas vidas. Antes, um caminho mais individual, agora comunitário, por isto, o empenho em criar, acompanhar grupos de jovens em cada espaço vital onde se encontra um/a jovem. O grupo como lugar da felicidade da nova possibilidade de vida. O grupo é um não ao sistema neoliberal que nos anuncia o egoísmo, a solidão, o consumismo e a vida voltada para si mesmo. Ele é o lugar da experiência comunitária, do sonho de um mundo mais justo, de um planeta cuja vida é respeitada e cuidada.

Belém nos indica o estilo de vida de Jesus. Este lugar marca a Sua opção pelos/as pequenos/as e pobres. A Sua chegada, anunciada por anjos, enviados do Senhor, dá sentido e esperança à vida dos/as pobres. Seguir a um mestre que não tem lugar para nascer é, ao mesmo, tempo um convite para que cada um/a de nós ofereça este lugar para que possa viver e crescer. É um Deus que não tem medo de arriscar por amor. Assim também a PJ é chamada a arriscar a pastorear toda a juventude que necessita de uma Palavra que seja de Vida. Fazer Pastoral da Juventude é estar com a juventude, cuidar para que a sua vida seja preservada, formar grupos para preparar jovens para fazer a pastoral. Os grupos e a organização são para que o atuar junto a toda juventude seja com qualidade, com dedicação e seja como testemunha do Ressuscitado que convoca para a vida comunitária.

A ação da PJ é pastorear, cuidar da vida da juventude de tal modo que a vida de todo e qualquer jovem seja defendida. Por isto, um apoio à Campanha contra o Extermínio de Jovens, a realização da Semana da Cidadania, cujo tema é a juventude como Terra Viva. Organizar ações pequenas, simples, porém que todos/as do grupo possam sentir-se pastores/as da juventude. Na Semana do Estudante, com coragem assumir a temática sobre a negritude e indígenas, como profetas da esperança, para superar todo qualquer preconceito contra as pessoas. Os preconceitos são barreiras que impedem os/as jovens de serem e viverem sua originalidade, sua felicidade a que foram chamados/as por Deus. Assumir com coragem a preparação e a realização do Dia Nacional da Juventude, discutir o protagonismo das mulheres, suas histórias de superação e aí reconstruir a esperança de toda humanidade com sua história de salvação e de cuidado do Deus da vida.

Fortalecer uma Pastoral da Juventude a partir dos ambientes – comunidades eclesiais, escolas, meios populares, universidades, campo e cidades para que, firmes na fé, com grupos articulados, possamos anunciar a Boa Nova como comunidade dos/as que crêem no ressuscitado.

O caminho do discipulado, que assume a missão de Jesus, passando por Belém, será o de estar disponível, livre, com coragem e sem medo de anunciar com ousadia que o Deus que é amor; amar sem medida no testemunho comunitário e pessoal do Seguimento. Queremos chegar a Jerusalém, lugar da comunidade, da manifestação do Espírito do Amor e do fogo.

Convidamos a todos/as agentes que trabalham com a juventude para compartilhar as experiências de planejamento, de roteiros para a formação de lideranças, reflexões para grupos e outros materiais que possam ajudar neste caminho de revitalizar a ação pastoral junto aos/às jovens.

Carmem Lucia Teixeira
Casa da Juventude Pe. Burnier - Goiânia/GO
 
Fonte: CAJU

Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil

Foi lançado o Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil.

"O estudo é resultado da colaboração entre o Ministério da Justiça do Brasil e o Instituto Sangari, na tentativa de contribuir para a compreensão de um dos maiores desafios que hoje enfrenta nosso país: o da violência irrompendo e transformando o cotidiano da sociedade." (aprensentação, p.5)

Traz um diagnóstico acerca da violência nos grandes centros urbanos e também no interior.

São dados significativos que devem subsidiar muitas discussões.




Fonte: Portal - Ministério da Justiça

Cadastramento Nacional de Assessores/as de Juventude

Ajudando a divulgar!
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Brasília, 20 de fevereiro de 2011.

CONVITE

Queridos assessores e queridas assessoras...

“E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram” (Mc 1,18).

Queremos fazer-lhe um convite simples e direto para o bem da juventude de nossos grupos de jovens. Você sabe que, assim como Jesus chamou os discípulos, somos chamados/as a segui-lo, como assessores/as convidados/as a exercer o ministério do acompanhamento à juventude. É um lindo desafio este de acompanhar jovens, organizações e processos que favoreçam a construção da Civilização do Amor.

Dando continuidade aos projetos iniciados pela Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude e inspirados/as pelo chamado de Jesus, a caminhar com Ele no anúncio do Reino, em sintonia com a Igreja latino-americana vivenciando a mística de Belém, queremos ir ao encontro da vida que nasce em nosso meio, sentindo-nos desafiados pela Igreja do Brasil que deseja que se “fortaleçam as estruturas organizativas que acompanham os processos de educação na fé dos jovens” (Doc.85/CNBB - n.185).

Queremos conhecer a cada um/a de vocês por meio de um CADASTRAMENTO NACIONAL DE ASSESSORES/AS DE JUVENTUDE. Este cadastramento consta de um pequeno formulário, onde você terá a oportunidade de apresentar suas áreas específicas de atuação para que possamos, juntos/as, apostar ainda mais na vida da juventude.

Para acessar o formulário, "clique aqui!" e preencha-o. É simples, rápido e contribuirá muito no processo de evangelização da juventude.

Este cadastramento tem o objetivo de “identificar e capacitar pessoas, maduras na fé, chamadas por Deus para exercerem o ministério da assessoria e que estejam “... dispostas a servirem, com sua experiência e conhecimento, a partilha da descoberta de Cristo e seu projeto” (Doc. 85/CNBB - n. 203).

Contamos, por isso, com a sua participação no preenchimento e na divulgação desta iniciativa que poderá potencializar e fortalecer o acompanhamento juvenil em nosso país. Agradecemos sua disposição e contamos com sua colaboração.

Grande abraço,

Comissão Nacional de Assessores/as da
Pastoral da Juventude - CNAPJ
Alessandra Miranda, Pe. Edson Thomassim,
Joaquim Alberto Andrade Silva, Ir. Joilson Toledo,
Ir. Maria Couto e Pe. Wander Torres.


Fonte: PJ.ORG

Quem se identifica com a PJ consegue fazer a experiência de um Deus vivo!

A Pastoral da Juventude tem uma história, uma espiritualidade e uma beleza que marcam as vidas de muitos jovens e muitas jovens. Nossa proposta não arrasta multidões e nem aglomera milhões de jovens, mas os poucos que se identificam conseguem fazer através do nosso jeito de ser Igreja uma experiência de um Deus vivo que nos dá a alegria de viver e de construir o Reino de Deus aqui e agora.

Não é fácil ser e fazer pastoral nos dias de hoje, porque enquanto a sociedade prega o individualismo, o consumismo e o prazer momentâneo, nós estamos buscando a construção da tão sonhada civilização do amor, onde o ser humano seja tratado com justiça e com respeito, onde não haja espaço para a solidão e nem para o isolamento e acima de tudo onde cada um e cada uma possa fazer a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo e sabemos que este encontro não acontece de forma tão rápida, por essa razão continuamos acreditando no caminho do processo de educação na fé.

Sabemos que em tudo que fazemos encontramos dificuldades, mas elas jamais poderão abafar ou matar a nossa utopia e a nossa esperança. Não deixem de acreditar no novo, de acreditar na juventude, reconheçam os desafios, mas se alegrem com as luzes, com as sementes boas e com a terra que pode dar frutos.

Hildete Emanuele
(Secretária Nacional da Pastoral da Juventude - 2008-2010)


Fonte: PJ-Maringá

Voz Pejoteira - Rogério de Oliveira

Meu primeiro contato com a Pastoral da Juventude foi por intermédio dos Salesianos de Dom Bosco, em agosto de 1989. Fui para um curso promovido pela inspetoria salesiana de São Paulo, a pedido do meu pároco. Eu tinha 16 anos e ainda era um crismando. Entendi bem pouco do que foi dito, diga-se de passagem, mas o que me encantou foi a maneira como aquilo foi dito. O clima era de alegria. As músicas contagiavam. E o conteúdo era novidade para mim.

Embora fosse tudo novidade e eu entendesse pouco sobre o que era discutido, os temas já se mostravam interessantes: recebi muito material sobre a formação integral, o método ver julgar agir rever celebrar, como coordenar um grupo de jovens. Era novidade para mim e para outros tantos jovens que se iniciaram neste mesmo caminho que eu. Gostei de tudo aquilo.

Eu me crismei em 1990 e assumi um grupo de crisma em 1991. Começamos a organizar a PJ na paróquia de Santa Luzia. Contávamos com a ajuda das Filhas de Maria Auxiliadora na paróquia. Algumas delas, inclusive, com uma boa experiência em Pastoral da Juventude. Foram quatro anos muito bacanas. Aprendi bastante.

Em 1995 tive contato com a PJ diocesana de São Miguel Paulista e comecei a participar dos encontros. Na verdade, não existia PJ na diocese. Éramos quatro ou cinco jovens que queriam reorganizar a pastoral por aqui.

Fizemos muitas visitas, preparamos muitos encontros, fomos garimpando excelentes lideranças que foram aderindo a proposta e passaram a trabalhar conosco. Três anos depois estávamos com bons contatos em muitas paróquias.

Participei de encontros da sub região SP2 e das assembléias do regional Sul 1. Fui representante da diocese de São Miguel na sub região. Cheguei a ser assessor diocesano e da sub região também. Estive em encontros nacionais da PJ e da Articulação Juvenil Salesiana. Hoje ajudo na assessoria do Instituto Paulista de Juventude.

Estes anos me ajudaram a acumular alguma experiência no que diz respeito ao trabalho com a juventude. Tive a graça de conseguir publicar algumas delas pelas Paulinas no livro "Pastoral da Juventude: e a Igreja se fez jovem", no ano de 2002, que foi lançado no dia do I Congresso de Políticas Públicas para a Juventude, promovido pela PJ da província Eclesiástica de São Paulo.

Sou apaixonado, entusiasta e brigo pela PJ. Aprendi muito com tantos companheiros e companheiras que se dedicaram profundamente a esta proposta. Há gente fantástica e admirável em tantos cantos deste país. Gente que batalha e caminha com a juventude na direção do Reino de Deus.

Desde abril de 2010 comecei com o projeto do blog “E por falar em pastoral” (http://www.pejotando.blogspot.com/). Quero continuar a partilhar experiências. Sinto que em muitos lugares a PJ está patinando por falta de informações. Não quero ter a pretensão de dar todas as respostas, mas não posso me negar a contribuir com estes grupos.

Rogério de Oliveira, 37 anos, formado em comunicação social - jornalismo e pós-graduado em Língua Portuguesa, funcionário público, foi assessor da PJ em São Miguel Paulista e na sub região SP 2. Hoje é assessor do Instituto Paulista de Juventude, na área de PJ. É salesiano cooperador, casado, corinthiano, mora na Zona Leste de São Paulo e é autor do livro "Pastoral da Juventude - e a Igreja se fez jovem", pelas Paulinas.
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